Transição de energia de tração ferroviária no Brasil
Abstract
A emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE) está diretamente associada ao aumento da temperatura global, mudanças e eventos climáticos extremos, como estresse hídrico, longas estiagens, seca, incêndios florestais, furacões etc., impactando a economia, o desenvolvimento, a segurança alimentar e energética das nações. Neste cenário, surge a demanda por uma transição energética rumo a uma economia de baixo carbono, o que significa implementar mudanças na matriz energética variando de um modelo baseado em fontes de energia fósseis, como carvão, petróleo e gás, para um outro modelo baseado em fontes renováveis/limpas, como eólica, solar, hidrogênio, biomassa e nuclear, além da implementação de eficiência energética, resgate de carbono, automação, digitalização, inovações tecnológicas capazes de reduzir impactos ambientais, bem como mudança do paradigma da energia de tração das ferrovias de longo curso no Brasil, abandonando o modelo diesel-elétrico e adotando de vez a eletrificação a 100%. Enfim, a transição energética é um enorme desafio que mexe com a economia, exige pesados investimentos e inovações tecnológicas e leva tempo para ganhar energia de movimento, mas tem que ser feita. Está em jogo o futuro desta e das próximas gerações.